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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pronto. Agora podem rir. Isso, riem, gargalhem, apontem o dedo. Não, não precisa me dar a mão, vou permanecer aqui caído, nesse chão cheio de merda e catarro. Conseguiram! Comemorem, por favor. Não estou sendo humilhado, apenas aceitando o que sou: um merda, um catarro. Não, talvez nem isso.
O QUE EU SOU, MEU DEUS?
EU EXISTO OU SOU APENAS UMA LOUCURA DE ALGUM LOUCO NO AUGE DA INSANIADE?
CA-RA-LHO, o mundo está odiável. Eu sou odiável. Preciso aceitar minha condição de infeliz, imprestável que sou. Preciso beber até cair, fumar até contrair um câncer ou dirigir até bater de frente com um caminhão.
Continuem rindo, estranhos. Riem mais, isso!
Vou permanecer aqui até apodrecer. Vou questionar mais coisas em silêncio.

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