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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Que silêncio é esse, poetisa? Se quer castigar, arrume outra maneira, porque esta é covardia. Honestamente? Não mereço isso. Não, isso não.
É madrugada. Você sabe que é a madrugada a nossa hora. Por que não vem? Porra, diz!
Sabe o nosso encontro? Pois é, tivemos. Pra isso servem os sonhos, acho. O sonho é a droga da alma. Sonhar vicia, é perigoso. É perigoso porque é ilusão mascarada de verdade. O sonho nos engana. Mas eu gostei de ser enganado. A fantasia de te ter anestesia um pouco a realidade de não te ter.
"Na meia-noite

dos meus inteiros sonhos

saõ teus

(tão teus)

os meus olhos

insones."
Lembra que você escreveu isso pra mim? Seus olhos, de tão insones, fecharam de uma vez sem nem avisar? Eles ainda são meus?

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