Às vezes, quando escrevo, estou gritando. Gritando com toda a força que não tenho. É um grito sofrido, deseperado, silencioso. Grito que vem da alma que se rebela, já cansada de digerir os meus choros engolidos.
Outras vezes escrever é o meu sentir, a minha liberdade. Sinto meus pés livres sobre a relva úmida em algum lugar longe de tudo o que conheço. Sinto-os ligeiros, incansáveis.
Também é um abraço, um afago, um beijo que recebo de mim na tentativa de compensar o que me negam.
Quando eu deixar de escrever é porque deixei de ser vivo.
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