Minha roupa alegria
está surrada
vês que estou maltrapilho?
Meu teto fé
foi-se com o temporal
vês que a chuva me molha
o sol me queima
e os morcegos me cagam?
Reparo nos pés apressados,
ávidos pelo futuro
enquanto que os meus
tão feios, tão medrosos
tão desesperançados
querem permanecer inertes
e retroceder
até que não mais toquem o chão.
Vês que a minha boca agora está ressecada?
É de sede do que nunca bebi
do que sequer sei se realmente exista
vês a pele arranhada
as unhas gastas?
É a fadiga de existir e
sentir-se inexistente.
Não jogue moedas na minha caneca vazia
ela não carece de dinheiro
preencha-a apenas com a verdadeira verdade
seu verdadeiro sorriso
meu corpo não quer luxo
apenas o toque do que chamam
de amor
sentir seu devoro
para aceitar de uma vez
o dos vermes.
domingo, 20 de março de 2011
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